terça-feira, novembro 29, 2005

Alone in the downtown.(escrito sexta no verso de um trabalho de escola)

Essas noites andam mesmo muito loucas, lançamento de livro no Itaú Cultural com direito a Champagne e Carapés na quarta, aniversário na pizzaria Veridiana de uma nobre colega de trabalho na quinta e lonely beer na galeria Metrópole na sexta-feira (todos os programas seguidos de manufaturas intermináveis de até omomento cerca de 55 páginas de trabalhos da facu), sentado no bar com minha cerveja, meu Steinheger, atualizando a agenda (no mesmo papel onde posteriormente foi feito esse post) e pensando na vida, na semana, na facu, et caetera.

Lonely beer é sempre muito bom, aqui sentado, escrevendo no verso do meu atestado de incompetência consigo pensar bem, as idéias fluem claramente aqui, sozinho com minha cerveja e minha caneta. É perturbador ver como nos últimos tempos só tenho conseguido pensar claramente, quase que chegando a um Nirvana literário (se comparar com a hora em que estou trabalhando por exemplo)... assim, sozinho, depois de um dia inteiro me enchendo de lixo, pela boca, pelos olhos, pelas narinas.

Meu sorriso tá saindo a cada dia mais forçado, a urgência desses Tempos-modernos-pré-revolução-informacional-Googleana tem sido esmagadora pra mim, como por exemplo, quando soube do casamento da Jussara, fiquei sabendo da mesma notícia 3 vezes em cerca de 15 minutos, e aínda tinha que ouvir "nossa,mas vc aínda não sabia?". UAU, isso sim é algo marginal, se o pouco que eu conheço a Jussara estiver certo, umas duas horas antes de eu ficar sabendo da notícia ela deve ter comentado com a Jullieti sobre o casório, e minha querida cunhada como não poderia deixar de ser tratou de disseminar a informação, o que ela jurou fazer poucos meses atrás, talvés mesmo antes de perguntar pra Jussara se a coisa era séria e se já era pra divulgar.

É esse tipo de urgência que me assusta, as coisas acontecem e todos ficam sabendo antes mesmo do sujeito da ação se dar conta, como os adversários do MikeTyson coisa de 10 anos atrás, os caras acordavam com o mundo todo já sabendo que eles tinham tomado uma surra, antes do cara lembrar o próprio nome o mundo todo já chamava ele de perdedor... isso sim deve ser humilhante!!! Outra coisa que me amedronta e até desanima é pensar que nos próximos 3 ou 4 anos eu aínda vou escrever umas 500 páginas de trabalhos, de material técnico, e pensar com esse papel e essas pontas de dedo eu poderia estar treminando meu livro... quer dizer, com 500 páginas eu escreveria uns três e pararia de trabalhar... isso tendo sorte, é claro, muita sorte... hahaha...Ok, se aínda fossem trabalhos que eu vá usar no futuro, mas só o último serve de alguma coisa pra alguém, de resto é só punhetagem e copy+paste de trabalhos de pessoas de 300 anos atrás.

Não aguento mais ler, não aguento mais tentar entender o que esses caras querem, o que cinquenta caras produziram nos últimos 300 anos eu tenho que saber em apenas 5, tenho que pegar o que todos viveram pra descobrir e refazer, moldar para os dias atuais tudo e fazer um enorme ctrl+V no meu cérebro, virando uma estante de aço com pintura desmagnetizada, pra não pegar poeira.

Esses dias eu entrei em alguns flogs de Nova Iorque, puta-que-pariu que cidade do caralho... acho que é a primeira vez que eu tenho uma recaída dessas por NY desde os meus 12 anos, quando eu assistia aqueles filmes do Kevin Bacon morando em Studios enormes no SoHo, o cara andava de bicicleta no baguio, diz se não é demais... isso porque ele era Bikeboy.. e eu aqui fazendo a melhor faculdade da américa latina e não consigo nem arrumar um kitnet de 32 metros quadrados... damn'shit! Mas o importante é que o pico é lindo, normalmente não tão lindo assim, mas é como aqui, é um feio que chama atenção saca!! Um dia em vou pra lá, compro uma Caloi 10 e vou fazer entregas em Chinatown, o problema é que de tanto fazerem filmes no SoHo o pico ficou uma fortuna... transformaram o Brás no bairro da moda, esse é o poder da 7º arte.

Amanhã ou depois falo sobre o final de semana e sobre o show... nossa senhora e que show... acho que o coisa ruim e o Iggy Pop sentaram-se juntos e falaram "vamos desbancar esse tal de JC daí, vamo pegar o mundo pra nóis, vamo quebrar tudo", daí eles fizeram o Rock and Roll do jeito que só eles poderiam ter feito... foi o cúmulo do absurdo!!!!!

Ouvindo:

Madonna - Hung Up (Musica nova)
Sonic Youth - Drunken Butterfly, Teenage Riot, Bull in the Heather
Stooges - No fun, 1969, I wanna be your dog, TV Eye
NIN - wish, hurt
Flaming Lips - She don't use Jelly

quinta-feira, novembro 24, 2005

Musas de joelhos

Estou com preguiça de postar hoje, por isso vou deixar aqui um "post" que lí mais cedo e que achei bem interessante.

See ya.

Márcia Denser*

Tendo em mente que até a CPI tem suas musas que assumem mil formas sedutoras, embora pareçam não ter uma alma ou personalidade específica que as "anime" tentemos mixar os dois temas * mulheres e política * à luz de uma reflexão anti-autoritária, isto é, de um ponto de vista feminino/feminista.

Atualmente, se existe uma crise de representação da mulher no Ocidente, esta é política. Crise que envolve o processo de globalização intensificado a partir dos anos 90, quando a mulher ocidental retrocede, ao projetar novamente a imagem de mulher-objeto, voltando a agir como objeto do homem e não mais como sujeito da ação. Isso fica claro principalmente no cinema comercial norte-americano, onde, emblematicamente, ela passa a maior parte do tempo de joelhos a fazer felação no parceiro, embora, é claro, não fume.

O neoliberalismo combinado Thatcher-Reagan dos anos 80 constituiu-se para diluir, entre outras coisas, as conquistas dos movimentos feministas de 60/70, desagregadoras para o capitalismo. A esse neoliberalismo se une a ação da igreja católica na figura do papa polonês e do atual, alemão, ambos conservadores, impondo as políticas da "nova carismática", práticas religiosas idiotizantes que substituem a "teologia da libertação" da década anterior. Teologia, aliás, já convenientemente massacrada em alguns países da América Central pelas forças norte-americanas (ver Noam Chomsky, Poder e Terrorismo * Entrevistas e Conferências Pós-11 de Setembro. Rio, Record, 2005).

Um puritanismo farisaico se impõe ao lado da hipocrisia do politicamente correto, incentivando a natalidade, condenando e proibindo o aborto, provocandouma nova explosão populacional que abrange não só as classes C e D, como uma nova B, constituída por uma média burguesia emergente da informalidade *inculta, massificada, despolitizada. Uma explosão demográfica que não interessa a ninguém, mas que, aos latino-americanos, e particularmente a nós, brasileiros, apenas prejudica, e cujas conseqüências, apenas vislumbradas, já são e serão gravíssimas (se em Brasília a demografia é uma ficção distante, aqui em Sampa éuma realidade atroz que nos fustiga há décadas diariamente!).

Aliás, a retomada da mulher como sujeito da ação (e da história) algo que nem imagino como poderá ocorrer, dada a inconsciência reinante necessariamente irá passar pela busca de uma voz própria, o que significa não ser falada pela língua, não vincular o discurso do Outro. Ao contrário, deslocar o discurso da Tradição para colocar o seu próprio, conquistando assim o direito à própria fala. E quem detém a palavra, detém o poder. Bom, pelo menos, no meu caso isso é um fato, n'est-ce pas?

Mas esse não é mais um problema só das mulheres do terceiro mundo, uma vez que se tornou um problema das mulheres do segundo e do primeiro, isto é, de todo o Ocidente, já que o retrocesso do feminismo projetado na figura da musa universalmente de joelhos é um fato universalmente visível. De Hollywood àCPI.

* A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango Fantasma(1977), O Animal dos Motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), DianaCaçadora (1986) e Toda Prosa (2002). Em 2006, lançará o romance Caim, pela Record. Participou de várias antologias importantes no Brasil e no exterior. Organizou três delas uma das quais, Contos eróticos femininos, editada na Alemanha com o título Tigerin und Leopard (1988-2003). Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é pesquisadora de literatura brasileira contemporânea, jornalista e publicitária

terça-feira, novembro 22, 2005

Porque ficar quieto!

Por toda a minha vida tive ótimas oportunidades de ficar calado, e talvez na maioria delas eu tenha aproveitado a chance, sim, muitas vezes o fiz por uma questão de praticidade, é fácil ficar calado, nem sempre, mas a maioria das vezes é, como diz um amigo meu, depois eu chuto uns cachorros na rua e fica tudo bem. Fique claro que isso é uma metáfora, eu não chuto cachorros na rua.

Este foi um final de semana bem parado, estudei e li boa parte dele, nem compareci à Virada Cultural apesar de ter passado a noite de sábado fora... é, a noite de sábado.

Esperar pessoas demoradas é um costume que tenho de longa data, por isso não me incomoda mais, até porque sou um atrasão de marca maior e por isso perdi o direito a reclamar das demorâncias alheias. Depois de uma longa espera e um longo caminho fomos buscar minha senhora, muito bonita como de costume, até aí nada novo.

Foi mais ou menos a partir deste momento que a noite começou a ficar meio estranha, tratar damas com gentileza eu sei, diz-se que até bem quando me proponho a isto, porém me policio para não parecer um canastrão, um lorpa ou mesmo um boçal. A certa hora da noite percebi que seria eu talvez o único a me preocupar em não ser exagerado em gentilezas e babações que a certa intensidade acabam por se tornar dignas de asco. Sem problemas, enquanto meus ouvidos se ocupavam de com as buzinas e motores da rua isso passava batido, afinal, não era problema meu mesmo.

Enfim chega a última personalidade da noite, de cara me lembro de uma antiga colega de trabalho, Sofia Banuls, uma pessoa de grande ego e com um senso de humor um pouco estranho, uma grande pessoa com quem tive discussões memoráveis, infelizmente memoráveis. Só me restava torcer para que as semelhanças ficassem apenas na aparência.

Nossa última colega chega extremamente falante, muito animada sabe-se lá como que, talvez um dia todo regando o estômago seja um motivo razoável. Eu como não estava lá muito à vontade, um pouco pela sobriedade e um pouco pelas companhias que não conhecia muito bem, permanecia quieto, aproveitando todas as chances que me eram dadas para isso.

Foi então que comecei de fato a me decepcionar com a noite, depois de duas cervejas e de saber o nome de pelo menos 3 ex-parceiros da minha mais nova colega caí na besteira de querer conversar, afinal estava num bar, e entre “amigos”, me parecia muito natural, depois de umas duas ou três frases mais compostas, não mais que isso, três frases se bem me lembro, minha irmã já lança: “mão liga não, ele é molequinho mas ele entende algumas coisas.” Ok, minha irmã fala isso o tempo todo, apesar de não passar mais que 4 horas por semana comigo desde que eu tinha 14 anos, que é quando comecei a trabalhar ela fala isso, na frente de pessoas que eu não conheço, mas tudo bem, deve ser a caipirinha fazendo efeito.

Na seqüência meu mais novo cunhado lança para a amiga: “ele tem uma veia poética, blá, blá, blá...”. Parei de escrever poesias há quatro anos, tenho certeza absoluta que ele nunca leu nenhuma das minhas poesias, sou contista e o que eu falava no momento não tinha nada de poético ou artístico. Tudo bem, ele mal me conhece, podia estar apenas querendo ser simpático, o que não seria muito convincente depois daquele sorrisinho que ele deu depois daquela infeliz frase.

Sabe quando você toma um chute na canela! Me senti assim, minha irmã e meu mais novo “parente” desdenhando de mim pra uma estranha, que merda né, mas vamos continuar a noite, vou beber um pouco e ouvir os zumbidos da minha cabeça que é melhor, talvez quieto eu possa não ser mais destratado. Então começa o assunto preferido de 9 entre 10 noveleiros recentes, “casais.Diferença de idade.Sexo”. Acho que na CDU o número disso é “666.(falta do que fazer)”. Logo de início, ou mesmo antes desse assunto começar nota-se que nossa nova colega é, assim como minha irmã, chegada a um museu, o que é até compreensível. E a conversa vai se desenvolvendo até que minha muito sabia irmã lança uma de suas máximas favoritas: “a Paula é uma porca, já falei isso pra ela, ficar catando molequinho”. Àquele momento quis apenas me levantar e bater palmas para minha prezada irmã, não havia reação que pudesse ser mais adequada, pelo menos não me ocorre nenhuma. Uma pessoa que chama uma suposta “amiga” de porca por namorar seu próprio irmão!!!! E fala tudo isso de nariz em pé e sorriso no rosto, esquecendo-se que está ao lado de um canastrão gordo e adúltero, que precisam viver na mentira, às escondidas feito ratos, vivendo de restos em motéis de estrada e aínda vem chamar minha mulher de porca!!! Me assusta ver como drogados tem esse dom de inverter as coisas em seu favor, apenas porque seu público ouvinte é tão drogado ou cego quanto. E o homem ao lado dela, é um porco também ??? Afinal, se ela não percebeu ele tem quase o dobro da idade dela... afff...

Não tive como bater palmas, segundo eles por eu estaria alcoolizado, mas na verdade eu estava com meu queixo caído, e assim permaneci até o final da noite, sem reação.

Ter que ouvir que eu sou um molequinho, um garotinho, de uma pessoa que pela primeira vez na vida aos 28 anos está trabalhando a mais de um ano sem estar na empresa do pai, que tem ataques depressivos todo mês, talvez até por essa falta de costume com a labuta. Acho que ela se esquece que quando ela estava aos pontapés com nosso irmão, quem cuidava da nossa mãe que tem pressão alta era eu, que mesmo tendo sido dopado por toda a adolescência o molequinho publicou seu primeiro artigo aos 17 anos, entrou numa faculdade pública aos 18 e vive com um nível de independência financeira com o qual ela nunca sonhou. O molequinho só pode dizer mais uma coisa, seja feliz com sua nova família, mas se pra conviver com ela vou precisar agüentar esse tipo de cretinice eu fico por aqui, fora dessa Neverland imunda.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Tonight, Tonight.

Como bom indeciso que sou estou a cerca de uma hora sentado em frente ao micro pensando sobre o que escrever. Os trabalhos da faculdade não posso fazer agora, senão minha média ponderada iria parar a níveis de uma baixeza tão extrema que eu mal conseguiria toca-la.

Nada adianta muito, acendo cigarro, dou uns tragos numa vodka, socu de guaraná, vejo as notícias do Timão, da política, do congresso internacional de tecnologia da informação na Turquia, algumas generalidades e cretinices, pornografia, drinks, guia de motéis, guia de baladas, folha on-line, valor econômico, UOL, NY Times, El País, Clarin, Paris Match, Beer.com, a nova busca por “notícias” do Google (Securities nunca mais), uns tesauros, Orkut, e-mails e decidi por fim escrever sobre isso mesmo, afinal, a vida é assim, nem semper conseguimos resolver as coisas a tempo, nem sempre chegamos na hora certa, ou mesmo chegamos onde queríamos chegar.

Conheço pessoas o tempo todo, não sei o que as pessoas vêm em mim que pensam logo que sou simpático, ou otário, ou mesmo um respondedor de paradigmas, função esta a qual já me propus a executar sem muito sucesso, sem muita tentativa também, mas isso não é importante é? Conheci muitas pessoas em Marília no final de semana passado, muitas pessoas divertidíssimas, pessoas com quem quero quero manter contato com certeza, pessoas que quero manter em meu círculo de amizades, com toda a certeza. Agora mesmo encontrei (ou me encontraram?) no MSN, a conversa não fluiu lá com a facilidade que eu esperava, mas não dá pra esperar muito de uma sexta-feira à noite.

Alguns velhos amigos andam meio sumidos por esses tempos, eu também não pude ligar pra todos os que quis, mas acho que é uma coisa comum nessa vida, fico feliz por trabalhar com pessoas legais quando penso sobre isso, já que são eles quem eu mais vejo, não por opção é verdade, mas se fosse eu gostaria de encontra-los assim mesmo.

Com a chegada do final de ano vêm também algumas das minhas resoluções, sabe como é né, antes de acabar o ano a gente formata e faz um backup, pra no ano seguinte não fazer as mesmas merdas e quem sabe errar em outros pontos menos imbecis.

Isso é bem verdade, esse ano eu soube ser um imbecil, por várias vezes, em várias situações. Mas se vocês querem saber, pra mim está ok, não vejo a cretinisse como um pecado tão condenável assim, e considerando ainda que eu não acredito em pecado então eu mesmo é que tudo se foda, queime e saia logo da minha memória.

Algumas coisas andam muito significativas pra mim, ou seja, estou ficando meio frouxo. Ver os pivetes do Centro cheirando cola tem me cortado o coração como nunca antes, animais mortos, pessoas chorando, mesmo ler sobre mortes que não deveriam acontecer tem sido coisas muito tocantes, quando antes não o eram, não sei o que isso quer dizer, não mesmo.

Estou como gosto agora, exatamente neste momento estou fazendo algumas das coisas que mais gosto, estou no escuro, fumando um cigarro, tomando uma vodka (preferia Gin, mas fazer o que), ouvindo Herbie hancock (vou por um Pixies daqui a pouco), pensando e escrevendo praticamente sem intervalo entre uma coisa e outra, adoro isso, queria apenas não estar com sono sabendo que terei que acordar cedo amanhã.

A déia foi dada e meu rumo tomado, até logo, prometo escrever coisas mais conteudísticas no próximo, é que eu to quebradão mesmo.

Ouvindo:

Pixies – Where is my Mind, Islã de Encanta, Oh my golly!
Herbie Hancock – Riot, Goodbye to Childhood, First trip
Imogen Head – Sweet Religion, Angry Angel, Oh me, Oh my!
Wander Wildner - Pablo onde estas?, Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Muito abaixo de zero.

Vocês pensaram mesmo que eu conseguiriam manter o blog com relatos diários? Ledoengano pessoas, tem dias em que a coisa não flui, o tempo passa, o sono vem enão tem jeito de pensar em algo substancialmente interessante a escrever. Defato acontecem coisas interessantes todos os dias, talvez não exatamente comigo,mas elas acontecem sim, às vezes em circuferências palpáveis e outras vezes não.

Tive um final de semana tranqüilo, fui ao Dinossauros Rock Bar, onde trabalheipor alguns meses logo que eu entrei na faculdade, e onde meu irmão trabalhou portrês anos aproximadamente. Era aniversário de uma colega de faculdade, aPriscila, que completou incríveis 28 anos, incríveis porque se você falar comela ao telefone ela parece ter 19, e se a vir pessoalmente parece ter 24, nãomais que isso.

Foi uma niote bacana, eu e o Rogério numa mesa com umas 7 mulheres, saí de lá com a audição prejudicada, como não poderia deixar de ser.No curso de Elaboração de projetos culturais não fomos muito adiante, o grupoestá desunido, as pessoas estão perdidas, a coisa não está rolando legal, esperoque com a volta da Regina, nossa primeira orientadora, as coisas voltem afuncionar com certa razoabilidade.Sábado à noite a locadora foi meu porto seguro, eu e minha irmã ficamos cerca de40 minutos lá dentro, escolhendo filmes, conversando, relacionando quais são osmaiores clássicos do terror, não chegamos a uma lista por assim dizer, masenumeramos alguns dos nossos filmes favoritos:


1. Hellraiser I, II, III, IV, V, VI, e agora estamos aguardando o sétimo. (mas o1º é o melhor de todos)
2. Monsters. (Praticamente o Thriller do Michael Jackson)
3. A Colheita Maldita.
4. A hora do pesadelo. (Fred Krueger)
5. Poltergeist. ("Carolaine"!!)
6. A Profecia.
7. O Exorcista.
8. Entre outros muitos.

Acabamos pegando o primeiro Hellraiser, o Monsters (86 + ou -) e Lenda Urbana II(uma novidade só pra comparar), nem preciso falar que a noite foi divertidíssimané!!! Rsrsrs...O domingo não merece comentários, nada aconteceu, porém a semana está bemcorrida, bem corrida mesmo, com o Zé Pequeno de férias eu estou acumulandofunções aqui no trampo (estou em horário de almoço, por isso a escrevelança), uma merda, tô até com azia... bem que ele falou.

Dias depois...

continuando o interminável post... Comecei esse post uma semana atrás e pretendo terminar hoje.Aquela semana foi chatona, toda ela, não consigo me lembrar de nada muito digno,pelo menos nada que eu me lembre assim logo de cara, então esqueçam.

A semana ficou legal lá pelas 20h de sexta-feira, pois depois de horas andando, tentando fugir do trânsito causado pelo helicóptero insano da marginal (pra quem não é de São Paulo, ou apenas não é de ver jornais/telejornais caiu um helicóptero naMarginal Pinheiros às 8:20 da manhã de sexta-feira dia 11/11... o trânsito ficoupéssimo o dia todo).

Depois de muito penar cheguei na faculdade com uma garrafade fanta, uma de sprite e uma de Velho Barreiro... logo na chegada encontrei oMoreno (RJ), depois Tiago, Daí, July e cia. Depois de alguns bebericos, piadas, estórias e histórias enfim chegaram todos, chegou o ônibus e partimos rumo aodesconhecido mundo Mariliense Unespiano do interior de São Paulo... uau!!!!

Em resumo a viagem foi marginal, frenética, boogie woogie, ouvindo funk (RJ) oufunk (70), bebendo pinga ou cachaça, cerveja vagabunda ou Conti, dormindo nochão frio ou no chão duro, falando besteiras ou bexxxteiras, enfim, muito divertido.

Não vou ficar contando causos, amanhã volto pra escrever algo consistente porque depois de ir ao Paraído Terrestre, o Solo Sagrado, e na noite deguinte ir a uma apresentação dos inigualáveis Cobras Malditas ninguém aguenta ficar escrevendoou fazendo qualquer outra coisa raciocinática por muito tempo.

Me voy... me fui..

sexta-feira, novembro 04, 2005

Thesaurus Multi-faceted informatizado 3D

O cara tá chapado! Fumou tanto que seus olhos parecem estar se projetando pra fora da caixa craniana. Senta no ônibus meio sem jeito, se trombando nas barras, no banco. Senta-se, apoia um dos pés no assento dianteiro, escora o cotovelo no joelho, aumenta o som no discman, seus olhos começam a lacrimejar devido à pressão libertária dos olhos sobre as pálpebras. Baixa a cabeça e esfrega os dedos contra os olhos, as lágrimas não cessam e por estar com as mãos molhadas sem ter resolvido o problema baixa a cabeça num ar de decepção cansada, afinal era seu primeiro dia acumulando as funções de seu colega em férias. Observando isso uma garota que o observava sentou-se ao seu lado e prontamente exclamou:

-- Tá tudo bem contigo!

E ele tão prontamente quanto disse:

-- Mais ou menos, tô meio chateado.

A garota logo se encheu dos sentimentos mais puros e doces pelo rapaz, sozinho alí, às traças, chorando por algo que o incomodava sem ninguém que secasse suas lágrimas. tuso isso sem ao menos imaginar que o que o incomodava era a mão molhada de lágrimas e o fato de ter que atravessar a casa sem declarar seu estado em gesto mínimo qualquer. Mas ele logo se lembrou da lei que rege os homens masculinos e machos, lei esta que em seu capítulo primeiro que trata da sedução, mentira e bem no final de estelionato, mas que apenas em seu parágrafo trinta e oito diz:

"Mulher adora carinha de coitado, faça uma carinha triste e tenha até a mais gostosa das mulheres."

Por se tratar do parágrafo trinta e oito pode-se deduzir que não das maneiras mais limpas e justas de se conquistar uma mulher, mas considerando-se que esta veio de graça e não foi nada premeditado pensou ele, a chance poderia ser aproveitada...


Isso foi o que eu "sonhei" no ônibus voltando da quinta-e-breja da faculdade, só saberei o que está escrito aí amanhã, pois agora isso foi um regurgito que aínda não se calcificou na minha cabeça, aínda não se entranhou em todas as falhas desse calçada imunda que se chama psiquê humana, no caso a minha própria.

Não expliquei porque onde foi uma Noite estranha, tudo bem, ninguém leu o post de ontem porque eu aínda não divulguei o blog, mas mesmo assim eu queria falar sobre o título do post de ontem.

Quando saí do cinema comecei a me sentir perseguido, o que não deveria acontecer pois não se tratava de um suspense com personagens ocultos, não esse tipo de reação não seria "normal". Desde antes de sair do shopping eu já não me sentia muito bem, mas peguei um ônibus, sempre pensando em descer em X ponto, sempre naquele X ponto; o X ponto passou e eu segui um pouco mais adiante, ao descer nesse ponto Y, me ví numa rua deserta de pedestre, a qual não me dava opção alguma de rota de fuga, mas o problema não era este em sí, o problema eram os carros que passavam na rua, em todos eles, absolutamente todos, pelo menos uma pessoa me fitava profundamente comos olhos, chegava a ser perburbador sentir todos aqueles olhos em mim, era aterrorizante pensar que se apenas um daqueles olhos não fosse com a minha cara, e este mesmo par de olhos estivesse com temop de sobra, que ele poderia me arremessar algo, ou parar para me fazer algum mal, ou mesmo me atropelar.

Fiquei alguns minutos com essa sensação enquanto meu ônibus não aparecia, e em seguida o primeiro sinal, uma Van passa e uma garota põe a cabeça pra fora gritando alguma coisa. Não foi nada de assustador, mas como eu não estava muito atento imaginei milhares de coisas que poderiam ter feito aquele barulho antes mesmo de me virar pra ver. Dessa eu passei. Depois de mais alguns minutos passa um carro branco, e um cara igualmente branco (meio sujinho, mas branquelo) buzina pra mim, e este eu ví, eu ví que sem sombra de dúvida aquele filho da mãe estavame olhando. Fiz uma cara de "o que que vc tá olhando!!" e o safado foi embora, sorrindo. Poucos minutos depois o cretino volta e buzina novamente, com o mesmo sorriso idiota no rosto. Mostro o dedo do meio e ele segue o caminho dele. Finalmente pego meu ônibus e chego em casa desconfiando e conferindo cara buraco de maçaneta.


To cansado, até mais.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Noite estranha.

Blog novo, é eu tava precisando de um, as idéias na minha cabeça estavam começando a se jogar dela como os freqüentadores do WTC naquele fatídico 11/09/2001... uau, faz temop isso hein!! Lembro que eu estava desempregado e minha mãe me acordou pra mostrar o que estava passando na TV, nesses tempos loucos de mídia e publicitários que não respeitam nada de sagrado nesse mundo achei logo que era anúncio de mais um daqueles blockbusters idiotas, nem dei bola, tomei meu café e a minha mãe ficou falando que era sério... voltei pra TV e ví a galera se jogando, a fumaça, o outro avião chegando e Bang!!! A outra torre já era... na boa, agora namoro uma photoshopper, quase uma A.C.E. , mas mesmo naquele tempo tive certeza de que aquilo não poderia ser efeito especial, ninguém seria tão filho duma puta pra fazer algo tão realista.

Já ia até me esquecendo do porque ter lembrado desse dia, não foi exatamente como o assunto surgiu nesse post, apenas para figurar o estado em que a minha cabeça tem estado nesses últimos tempos sem um "diário". Na verdade lembrei desse episódio mais cedo, enquanto via o filme Crash- No limite, sei que o preconceito racial nos Estados Unidos é um problema seminal, foi uma colonização pouco privilegiada, que levou um monte de caipiras falidos excluidos e egoístas para a terra prometida, mas esta não é a questão, o problema é que a propaganda anti-árabe nos EUA fez do país um lar de napoleões, todos estão ficando maníacos, qualquer um que mantenha um mínimo sotaque estrangeiro, seja ele de onde for, é destratado, senão colocado da porta pra fora seja onde for, a questão do racismo contra os negros aínda existe, mas mesmo não diminuindo muito em intensidade ela fica pormenorizada quase ao pífio perto do preconceito contra os estrangeiros.

O filme trata disso, mas não só disso, trata de ignorância, intolerância, de como ter uma arma pode ser perigoso até pra sí mesmo, falar de respeito não é fácil, mas este filme fala do respeito em muitos sentidos, em vários momentos, vários níveis, não é fácil respeitar o próximo, mas nós precisamos tentar.

É isso, acho que tá bom pra começar.