quinta-feira, novembro 03, 2005

Noite estranha.

Blog novo, é eu tava precisando de um, as idéias na minha cabeça estavam começando a se jogar dela como os freqüentadores do WTC naquele fatídico 11/09/2001... uau, faz temop isso hein!! Lembro que eu estava desempregado e minha mãe me acordou pra mostrar o que estava passando na TV, nesses tempos loucos de mídia e publicitários que não respeitam nada de sagrado nesse mundo achei logo que era anúncio de mais um daqueles blockbusters idiotas, nem dei bola, tomei meu café e a minha mãe ficou falando que era sério... voltei pra TV e ví a galera se jogando, a fumaça, o outro avião chegando e Bang!!! A outra torre já era... na boa, agora namoro uma photoshopper, quase uma A.C.E. , mas mesmo naquele tempo tive certeza de que aquilo não poderia ser efeito especial, ninguém seria tão filho duma puta pra fazer algo tão realista.

Já ia até me esquecendo do porque ter lembrado desse dia, não foi exatamente como o assunto surgiu nesse post, apenas para figurar o estado em que a minha cabeça tem estado nesses últimos tempos sem um "diário". Na verdade lembrei desse episódio mais cedo, enquanto via o filme Crash- No limite, sei que o preconceito racial nos Estados Unidos é um problema seminal, foi uma colonização pouco privilegiada, que levou um monte de caipiras falidos excluidos e egoístas para a terra prometida, mas esta não é a questão, o problema é que a propaganda anti-árabe nos EUA fez do país um lar de napoleões, todos estão ficando maníacos, qualquer um que mantenha um mínimo sotaque estrangeiro, seja ele de onde for, é destratado, senão colocado da porta pra fora seja onde for, a questão do racismo contra os negros aínda existe, mas mesmo não diminuindo muito em intensidade ela fica pormenorizada quase ao pífio perto do preconceito contra os estrangeiros.

O filme trata disso, mas não só disso, trata de ignorância, intolerância, de como ter uma arma pode ser perigoso até pra sí mesmo, falar de respeito não é fácil, mas este filme fala do respeito em muitos sentidos, em vários momentos, vários níveis, não é fácil respeitar o próximo, mas nós precisamos tentar.

É isso, acho que tá bom pra começar.

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