sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Coragem da ONU

Não é uma defesa ao terrorismo, na verdade acho q eles deviam é viver em paz, mas que o cara tá certo, na minha opinião, ele tá.

Relator da ONU justifica terrorismo por parte de palestinos e abre polêmica

MARCELO NINIODE GENEBRA

Um relatório preparado por um investigador das Nações Unidas afirma que o terrorismo palestino é "conseqüência inevitável" da ocupação israelense e pode ser comparado à resistência ao nazismo e à luta contra o apartheid, o antigo regime de segregação racial da África do Sul. A comparação enfureceu a diplomacia israelense, que considerou o documento uma espécie de luz verde da organização ao terror.

O documento preparado por John Dugard, investigador independente da ONU para o conflito entre Israel e os palestinos, será apresentado no dia 17 de março no Conselho de Direitos Humanos da organização. Em um de seus trechos mais polêmicos, Dugard diz que é preciso lembrar o "contexto histórico" ao analisar a violência palestina."A história está repleta de exemplos de ocupações militares às quais se resistiu com violência, atos de terror. A ocupação alemã foi resistida por muitos países europeus durante a Segunda Guerra", exemplifica, sem distinguir ações contra militares das que atingem civis.

Dugard, um advogado sul-africano que se engajou na luta contra o apartheid nos anos 80, também separa o terrorismo em categorias, fazendo distinção entre atos como o 11 de Setembro e os atentados palestinos. "O senso comum manda que uma distinção seja feita entre atos de terror indiscriminado, como os da Al Qaeda, e os cometidos em uma guerra de libertação nacional", diz ele.

O embaixador de Israel em Genebra, Yitzhak Levanon, considerou ultrajante a insinuação de que a ocupação dos territórios palestinos tem o mesmo peso do nazismo, responsável pelo extermínio de seis milhões de judeus. Para Levanon, o relatório demonstra ignorância e insensibilidade ao relativizar o terror. "Durgan diz que a Al Qaeda é criminosa, mas que o terror palestino é resistência. Mas não diz que os dois têm o mesmo objetivo: matar civis inocentes."

Para Dugard, a ocupação dos territórios palestinos, que em 2007 completou 40 anos, torna o terror compreensível. Ainda que os atos terroristas palestinos devam ser condenados, diz, "eles precisam ser entendidos como uma conseqüência dolorosa, mas inevitável, do colonialismo, do apartheid ou da ocupação".

Hillel Neuer, diretor da ONG UN Watch, que monitora os trabalhos da ONU, disse que as afirmações de Durgan dão legitimidade ao terror. "As afirmações estão entre as mais chocantes já pronunciadas por um representante da ONU", diz. "A organização já justificou o terror palestino implicitamente, mas nunca de maneira tão clara como Dugard."

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Otimista x Pessimista

Outro dia ouvi que “o otimista é um pessimista desinformado”, vi na sentença uma verdade triste, me pareceu claro como eu não queria que fosse que isso é mesmo verdade. Com isso constatei também que sou desinformado, ou no mínimo avesso às más notícias.


Esses dias me disseram que não sou otimista, mas sou romântico, o que pra pessoa faz toda a diferença. Nunca pensei a sério sobre as diferenças, mas sei que costumo me enganar, e muito, com as pessoas. Tenho fé nas boas intenções, mesmo quando sei que elas não devem ser esperadas. Por quê? Não sei, só gosto disso, gosto de achar que as pessoas são boas e que os resultados sempre serão os melhores possíveis para a maioria.


Costumo guardar meu pessimismo para as minhas próprias atitudes, e talvez até por isso tenho ficado tanto tempo sem escrever. Esses intervalos cada vez maiores me trazem pra dentro de mim e quando fico muito tempo aqui acabo amargando, guardando maçãs podres e me distanciando de quem eu sou mesmo, de quem escreveu Epidemia da esquizofrenia 7 anos antes de trabalhar numa biblioteca especializada em neurociências, aquele moleque que era teimoso e que acreditava em si assim como acreditava nas coisas mais bobas, só porque não tinha recebido provas suficientes para não acreditar. Agora vejo que acredito muito menos, o ambiente se tornou mais hostil e a resposta mesmo que não imediata teve que vir, gradativamente até que cheguei ao que sou agora, mas quem é esse? Tenho um amigo que mesmo sendo sonhador como eu, sempre foi cético, com relação às pessoas e a dele inclusa. Eu achava absurda a quantidade de entraves que ele conseguia ver entre ele e seus objetivos, sempre incentivei ele a ir adiante e subjugar as adversidades, os inimigos, e ele o estão fazendo, passo-a-passo, e eu admiro esta luta, diária, maçante, mas as vezes noto que eu não estou passando por cima dos meus problemas, dos meus monstros, e percebo que o que faz a gente lutar não são os exemplos, os conselhos, é o sangue nas veias, é a certeza de que o tempo não vai voltar e que se você não for pra frente acaba afundando.

De que importa ser otimista, romântico, o que vai te fazer é você.

As leis do universo e o caralho não são nada. Corre atrás do teu.


Ouvindo:

Archers of loaf - White trash heroes, you and me, Wrong