domingo, dezembro 18, 2005

Stupid white man.

Bom dia, boa tarde ou boa noite!! (ví isso num CD do Silvio Santos narrando historinhas infantís, o cara se safa de todas mesmo)

Mais um final de semana se foi, o meu último este ano tendo que me precupar em trabalhar segunda-feira (grazzie Dio!!). A semana toda foi bem corrida, preparando as coisas pra viajar, pra parar de trabalhar, enfim, pra deixar as coisas em ordem para a nova ordem que estaria por vir. Minha verborragia foi-se depois desses tempos que passei sem escrever, leio duas linhas do que escrevo e já me cansa, escrevo mais umas 5 linhas e me canso até de escrever... tenho que remediar isso, dá pra ver os reflexos disso nos comentários do blog, 0 no último post e também em seu anterior, danm'shit!

Essa sext-feira tirei pra beber, tudo bem que a d. Ivone me mandou uma carta lá do outro lado pedindo pra eu parar, mas considerando que este pedido tinha um tom de troca em alguns momentos, algo do tipo "para de beber que eu te dou minha filha de volta" então resolvi que não era tão imperativa assim essa parada de párar, e aínda, que sendo este o motivo minha cesta de Natal* deve ter sido enviada pelo próprio papai Noel como sugestão contrária, sugestão que não posso negar me é bem mais atraente hoje em dia.

Voltando à sexta-feira, depois de sair do trabalho meio pilhado nem sei com o que pulei até o bar pra encontrar o Alessandro, lá tinham mais alguns figuras, daqueles bem típicos de qualquer escritório, os caras que fazem administração de empresas e se acham as pessoas mais especiais do mundo por isso, não sei o que eles imaginam das próprias vidas, mas encher o cu de um banqueiro de dinheiro a vida toda não me parece uma vida das mais dignas e nem um sonho a se perseguir, essa faculdade pra caixa de banco é um mar de homens brancos estúpidos, machistas, preconceituosos, ignorantes e filhinhos-de-papai, e só por causa desta última característica não é também o lar dos eternos solteiros, apesar de alguns que são mais engajados nessa parada de ser insípidos e que conseguem mesmo com dinheiro causar a repulsa até na mais sonsa das mulheres.

Dei umas risadas assistindo meu jovem amigo e futuro advogado (sobre advogados não vou falar, eles não merecem as linhas dos meu blog) se embebedar às custas dos já antes citados administradores. De lá parti depios de uma ligação louca e barulhenta do Luiz Menicci de quem só ouvi duas coisas: "vem pra cá" e "Conjunto Nacional". Bem, as informãções já eram suficientes e me escapuli pra lá. Depois de não achar minha carteira liguei pro Luiz e ouvi alguns gritos, um tecladinho e vozes do além, mas ao contrário dos meus anseios não era uma igreja Batista e sim um restaurante, entrei no pico e puxei meu terço do bolso esperando que minha alma pudesse se salvar depois de participar daquele ritual mundano... não era uma festa de confraternização, eram várias, vários daqueles escritórios da Paulista, com aqueles velhos imundos e as estagiarias loucas por um aumento ou então por um jovem e promissor gerente que as tire da periferia, em suma, era o próprio inferno na Terra. Fiquei pensando por horas o que o Luiz estava fazendo alí, claro que aquele era ambiente pra ele, afinal ele é um jovem empresário, só não tava entendendo o que ele queria comigo lá, afinal não é difícil perceber que aquilo não é lugar pra mim apesar das cervejas. Subi uma escada e me estiqeui todo e nada dee Luizm olhava em toda a parte e nada do alemão no meio daquele antro de pervertidos, até que eu acho o Rogério, nosso amiguinho de facu. Vou em sua direção e então se abrem as portas e estão lá vários dos meus mais e até dos menos queridos colegas da sala. Depois de cumprimentar a todos sou informado que a festividade foi organizada pela nossa colega Paula, o que explica o fato de eu não ter sido préviamente avisado ou mesmo convidado... cretina!!! Quero ver quando ela for (se um dia ela conseguir) bibliotecária de referência, vão chegar as listas de aquisição e eu já consigo imaginar a cara dela recusando os meus livros, riscando da lista como se estivesse arranhando o meu próprio brio, queria saber o que eu fiz pra essa mina, encho o saco da faculdade toda e só ela que me vem com essas filhadaputagens, idiota !!!

Não fiquei muito lá, também, depios de uma desfeita dessas eu não estava nem com humor pra ficar mais, só fiqeui mais pela Marília que é muito queridinha e com quem eu adoro conversar. Saíndo de lá fui encontrar o AlkyezZ em outro desses bares, eu andava na chuva ouvindo um blues infernal do Duke Ellington e pensando em que diabos de cidade em vivo, puta que lugarzinho cheio de gente cretina, todo mundo atrás de uma trepada ou sei lá o que e no caminho pra isso chutam, matam, sacrificam e agem da forma mais cretina do mundo, só pra ter uma trepada ou sei lá o que, esse país tá na mão de uma cambada de idiotas, as pessoas não sabem se divertir sem foder os outros, alguém tem que perder o tempo todo, cambada de cretinos que eu vejo o dia todo nessa merda. Cheguei no bar e pro meu espanto estavam lá, como se fossem os mesmos cretinos raça dominante do mundo oriental, aquele mesmo estereótipo, a mesma cara de folgados, os musculos à mostra, as cabeças semi-nuas também, aquel jeito de dançar de quem andou de cavalo o dia todo depois de anos, como se o saco tivesse 8 quilos, gel no cabelo e sapatos bem engraxados, o visual não é problema, eu não me visto como eu gostaria então prefiro imaginar que eles se mostram dessa maneira por falta de grana, mas isso é só uma esperança sem fundamento como todas as outras que eu tenho, o problema mesmo é a atitude, aquele negócio de andar feito um galo pra se impor, ter que competir o tempo todo, chamar a atenção de todos para o quanto ele é idiota e forte, eu olho pra isso e essa porra me deprime, fico me olhando no espelho tentando me convencer de que eu não sou isso, que aquilo foi só uma coincidência e que o fato de eu ser homem, branco (ou quase), de 20 a 40 anos, cursando nível superior e estar naquele lugar, credo, não quero mais ir nesses lugares, me faz mal pensar que com um descuido eu posso ficar daquele jeito, credo.

Não quero fazer parte de mais nada.


* - Uma garrafa de Whisky e uma de vinho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Porra meu véio, eu lhe disse para ficar por lá com a gente, detalhe inevitável meu caro, enchi a cara e ensinei aos futuros administradores de empresas como se faz um socialismo no bar, olhe para o cara que está mais se achando na mesa e diga pra ele "você pediu a conta, então vou ao banheiro e já volto!" ...cara legal este lance, funciona mesmo! Um forte abraço seu Tássia (Tassiachando com a história do Pupilo né seu xarope) ..um forte abraço curte as férias por mim, que vou ficar por aqui lendo processos......rssr take easy my brother.