domingo, setembro 23, 2007

Algumas coisas nunca mudam.

Quando me sentia sozinho em Porto Alegre eu costumava lembrar-me de alguma música, estive revendo meus métodos e notei que a maioria das músicas que gosto são feitas por maníaco-depressivos, drogados e desiludidos, e tudo isso por causa de relacionamentos falidos, violência familiar ou social.

Esses não são exemplos muito bons, por isso resolvi parar e escrever um pouco... Mas sobre o que? Depois de algumas tentativas só conseguia escrever sobre sonhos impossíveis, saudades, sofrimento, relacionamentos falidos, problemas familiares, amores não correspondidos ou que terminaram mal, amigos falsos, problemas, confusões... Quando terminei de escrever estava com o rosto ensopado em lágrimas, vi o quanto errei com tantas pessoas e o quanto sofri e fiz sofrer com esses erros. Os erros que não errei doíam tanto quanto.

Deixei tantos sonhos pra trás que agora estou sem, cheguei a um nível de racionalidade que não me deixa ver coisas no meu passado para rir, tampouco coisas no futuro pelas quais lutar, vejo apenas dias cinzentos onde estarei lutando pra me manter de pé, mas pra quê? A Isla de Encanta não estará lá, mas There’s nothing left to loose, só o que me resta é proporcionar alegrias passageiras, fazer alguém rir pra tentar voltar à Neverland. Pra que o mundo precisa de mais um securitário? O sofrimento já não é suficiente?

Nunca esperei muito de um mineiro ansioso e inseguro, e fiz bem, ele nunca irá muito longe, no máximo a Porto Alegre, e de férias, ou entre um sub-emprego e outro, uma decepção, uma lágrima, uma fraude. Talvez algum Alex coloque um agradecimento em seu único CD, talvez alguém do escritório se lembre de mim quando estiver colocando uma etiqueta sobre o meu nome na agenda depois que eu for despedido.
Melhor voltar a cantar.

01/07/2003.

5 comentários:

Anônimo disse...

algumas coisas são imutáveis

Anônimo disse...

há quem chame isso de amadurecimento.

Anônimo disse...

vc não muda...

Anônimo disse...

poderia ser pior, pedro - tipo em jundiaí

Anônimo disse...

Post cinza, para se ler num dia cinza igual ao de hoje (18/10/07).