Viver... sentir... é disso que se trata isso tudo afinal, muita coisa por aqui é vista, sentida, tem muita coisa sendo sentida, a vida é essa, a vida é agora... é agora... tsc... por que tudo é sempre tão urgente? Por que é tudo tão forte por aqui.
Satisfação com quem se é, isso é difícil de quantificar, qualificar, afinal, como saber o que sentir se não se sente, com esse coração quadro-a-quadro, essa dor constante que é como uma microfonia que passa pela boca do estômago e que não te deixa pensar, não dá pra saber muito sobre nada, apenas querer, ouvir e fechar os olhos esperando que tudo passe. Mas não passa. Fecho os olhos bem apertados, rangendo os dentes e fechando as pernas com toda a força, espero que isso se vá, mas não foi antes, e essa esperança de liberdade é matadora, simples assim, matadora.
Que merda é essa que se sente assim, de uma hora pra outra, que te faz achar aquela pessoa um raio de luz numa hora, mas depois, quando voltam as cólicas e a cabeça parece estar sendo esmagada pelo crânio, nada mais faz sentido, um rolo compressor, um que me faz desfalecer, um que me deixa fraco como um bebê faminto, faminto daquele sentimento que não me acomete mais, uma parede de concreto que só me deixa sentir o que é diabólico, sentir o que me faz mal, e a dor sobresai, roda livre desse muro que eu quero derrubar a qualquer custo, um muro de fenobarbital 120mg, construido por anos, que me enfraqueceu a ponto de me transformar em uma coisa do meio pra baixo, com sangue escorrendo pela testa, com vozes na cabeça, colicas e apagões, é como uma sina, uma cortina de cinzas cobrindo a minha pele e me lembrando sempre disso, um demônio que causa o que não pode ter, e eu ouço que quando acontecer eu vou saber, e isso faz parte constante dessa impotencia, dessa punição, a esperança de um dia saber, um horizonte que nunca chega, e que só vai chegar quando eu conseguir me mover novamente.
domingo, janeiro 07, 2007
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Um comentário:
Find the forest!
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