Em breve outros pontos de venda…
quinta-feira, março 27, 2014
Epidemia Esquizofrênica – Compre On Line!
Em breve outros pontos de venda…
nulla die sine linea
quinta-feira, dezembro 20, 2012
24.09.2006 e as paranóias daqueles tempos.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
2012
Parece até engraçado, mas eu esqueci a função do blog, e o quanto eu gosto disso aqui. Eu passei por tempos muito verbais ultimamente, o que não é ruim, e passei também por um momento de quase estafa mental, para conseguir o que muitos, inclusive eu, por volta de umas quatro vezes por dia achávamos que eu não finalizaria, meu TCC, que foi enfim defendido e em breve estará on-line, aqui inclusive. (não que seja um primor, mas as horas gastas serviram de alguma coisa)
Tantas coisas para contar que eu nem conto mais, porque chegou 2012 e vai ser como eu esperava, meu slogan pra 2012 é “O último será o melhor”.
Acho que descobri o ponto fraco em ser aquariano. No começo do ano, quando todos estão recomeçando, revendo as metas, pensando no futuro, você também está, mas pros outros isso dura até o feriado, ou até o dia 5, mas pra você que está em inferno astral bombando (sim, eu continuo acreditando em horóscopo, não adianta me zuar) esse pensar no futuro tem tempo de se transformar em qualquer coisa, desde uma fuga pro Araguaia com uma L200 roubada, alguns suicídios (certamente existe uma estatística sobre suicídios de aquarianos em janeiro, com certeza). Por hora só mandei uns e-mails desagradáveis, os quais lamento e dublei um pouco de At The Drive-in pendurado num pedestal sem microfone como um hepilético, grande banda, podia passar por aqui antes de acabar de novo. Ou ganhar na quina o suficiente pra ir pro Coachella. O Black Sabath voltou também, e já veio canceroso.
Acho que o câncer é como um código, uma senha pra quem vai sobreviver ao holocausto do fim do ano. Se tirarmos pelos políticos latino americanos parece uma situação bem vermelha, e sem a locona da Kichner.
Como é bom ter um blog e poder falar merda alto. Tinha esquecido como é bom isso. Hoje eu passei o dia na casa dos meus pais, e aqui as coisas continuam as mesmas, como na Xanadu do Cidadão Kane, a casa nunca fica pronta, é uma obra simplesmente sem fim, e geralmente é nas férias, no desemprego ou entre uma mudança e outra que sobra pra mim de tocar alguma empreita, a da vez é um serralheiro.
Meu pai continua igual, há mais de 20 anos ele escreve um esqueminha num papel e explica, rápido, eficaz e simples. Mas se tem algo que eu aprendi com ele é que não existe simples em contrução civil, por isso eu sou bibliotecário. Começa sempre do mesmo jeito, o empreiteiro não está rendendo, daí eu vou passar umas instruções, ajudar o cara a se encontrar no caminho do bem, mas mesmo estando tudo nos conformes eles simplesmente não fazem. Se você paga por dia eles vão e não trabalham, se paga por empreita eles nem vão, e é ai que eu entro. Já dei a sorte de apenas ficam olhando e orientando... é, já, mas ficou uma merda. O serralheiro, Osmar, segundo casamento, evangélico, diabético, cinqüenta e poucos anos, teve um AVC dois meses atrás. Se tivesse dinheiro estava em observação com dieta controlada, mas é zona sul e tá soldando telhado e fazendo trilha pelo meio do mato de 40 minutos para ir trampar e para voltar pra casa, mas por causa do AVC ele pangua, e corta tudo errado, não consegue organizar os números, sabe aquela coisa bem AVC?
Lemas de caras Zona Sul pra caralho: Quem tem grana vai ao médico, quem é da Sul se acostuma com a dor. (Fino)
Que fique bem claro, eu não estou reclamando, por causa dessas experiências com empreiteiros de diversas áreas hoje eu posso dizer que eu não passo fome em lugar nenhum do mundo porque sempre vai ter uma empreitada pra fazer em algum lugar, seja elétrica, hidráulica, carpintaria, e agora, o que já não era sem tempo.. Metaaaalllllllllll!!!!!!COmo eu queria aprender a mexer com Mettttaaaaaaalllllllllllllllllllllllllll!!!!!!!!!!!
Tem gente que vem para o mundo pra falar, não consegue fazer nada sem falar, o Osmar é desses, foi colar junto que a coisa começou a desenvolver, tem gente que narra a vida, é como estar numa opera, é “se expressar” pra caralho, gatilho cognitivo, sei lá.
2012 vai ser da hora!
Tô afim de andar grampeado, James Bond mesmo, câmera, um mic bom, tudo na encolha, pra contar a história ao vivo das pessoas que eu conheço por ai, ultimamente eu tô messias, as pessoas olham para mim e começam a despejar a vida, se eu fosse terapeuta teria que andar com taxímetro no ombro.
Lembro que o Debord (não canso de dar essa referencia mesmo nem concordando tanto mais com ele) falava que o tempo é gerundico, que não existe mais passado, que com a sociedade midiatica e bla bla bla tudo estava acontecendo agora, a todo o momento na verdade, já que temos contato com tudo instantaneamente (isso porque nem tinha internet na época dele), o que me lembra também da Cauda longa e dos nichos quase infinitos. É como se tudo que já teve algum fã em algum momento da história sustentasse nem que seja um cara que ainda goste disso até hoje. Eu acho isso bom, porque agora eu posso falar sobre o EMF aqui e não ficar parecendo que eu passei trinta anos numa comunidade funkeira da zona leste de Detroit, ou de Archers of Loaf sem parecer que eu moro num trailler em Minessotta. Algumas coisas realmente parecem sempre estar acontecendo de alguma forma, como o Pixies que sempre tem um show novo para se baixar ou o At The Drive In que voltou... já deve ter uns 40% a mais de fãs desde que saiu no tuiter que eles tocarão no Coachella, eles sempre foram subvenerados. E eu não me empolguei com o Lollapallooza, Foo Fighters é foda, Janes Addiction nosssaaaa, mas e ai, MGMT boreia, Racionais é bom, mas não gostam de tocar pra roqueiro que paga essas grana toda pra ver gringo, e eu nem tiro a razão deles se eles fizerem isso (tocar de má vontade) mesmo, é algo de se esperar. Nesse gerundismo cognitivo eu fico com os anos 90, pelo menos pra musica, nos 2000 ficou tudo muito deprê enquanto o Bush esfregava merda na cara de todo mundo, a música ficou deprê, a Kilie Minoge virou a Shakira, a Madonna virou a Lady Gaga e Zezé de Camargo e Luciano virou Michel Teló e vesgo que eu já nem lembro mais o nome depois que esse ultimo apareceu. Só esses rock sambinha ai, uns rapper da vila madalena e as machoninhas da MPB de sempre. Esse ano pelo menos tem turnê do Chico, Caetano ainda nada, o João Gilberto foi um fracasso, o Faith no More arrebentou de novo assistimos ao último show do Sonic Youth, um puta show pra falar o minimo e ser bem comedido.
Eu nunca tinha trabalhado com metaaaalllllll assim, como esses dias. O metal é a prova derradeira da maleabilidade de tudo na vida, e da teoria do movimento perpetuo continuo prolongado, que eu reconheci enquanto jogava booble shooter e que basicamente diz que quanto mais movimento houver, mais vai haver e quanto mais movimento melhor. Estamos na era nuclear né, e depois desse século vinte aí é bom que as coisas comecem a entrar em movimento cada vez maior mesmo.
Parte da estratégia de finalização da cobertura de mettaallll, sobretudo depois de saber das condições físicas do Osmar, era buscar ele em casa e levar, pra tentar aumentar a quantidade de horas dele trabalhando. E então outra prova da teoria da maleabilidade, o caveirão, o carro da Melina, teve que se adaptar à sua própria realidade e como o caminho de Xanadu parece uma montanha russa, ele balança e serpenteia todo o tempo, os eixos parecem estar sambando como se dançasse uma eterna rumba, inaudível aos ouvidos humanos. Ao contrario do carro que ganhou malemolência, meu tênis de ir no hangar (nos tempos em que Emo era o Hateen e eu adorava) ficou tanto tempo parado que está fazendo mais barulho que o carro, é um nhec por pisada. Uma lógica que desenvolvi através dos anos é a de nunca jogar um tênis fora até que ele esteja impossível de usar, porque o que você comprou para substituir este, um dia pode estar ainda pior do que o velho antes de você ter a chance de substitui-lo, até lá o tênis mais velho vai parecer estar mais macio e confortável do que nunca, pelo menos em alguns casos. Tive um Traxx que eu reciclei uns 6 vezes, o Branco de ir pro Hangar de hoje já tá indo para a 4 reciclagem. Usei também a primeira calça que eu comprei na vida, com a grana que eu ganhei na època da locadora... Eu queria ter largado a escola mas minha mãe nunca concordaria com isso... Dá até pra entender porque o Tarantino faz os filmes que faz, uma mãe dessas é quase como não ter.[1]
Como é bom ter um blog, eu não canso de pensar nisso. Uma das coisas que eu mais gosto em ter um blog é que você não precisa terminar nada, é tudo um going on, você fala do que quiser, e quando se cansa pode simplesmente parar de escrever e vai dorm
Ouvindo:
At The Drive-in – Incetardis, Invalid litter dept., cosmonaut, Ursa Minor, Initiation, Give it a name
[1] Cansado de ser bullinado na escola, ao final das férias o jovem Tarantino, então um colegial, simplesmente não voltou pra escola. Depois de algumas semanas trancado no quarto sua mãe abriu a porta e lançou “se você não quer voltar pra escola OK, mas pelo menos arruma um emprego”, foi ai que ele começou a trabalhar numa locadora de vídeo e conheceu as principais influencias que o levariam a se tornar aquele sádico doente que todos adoramos (Lenda urbana que como manda a lei das lendas está aqui descrita com os detalhes que vieram a cabeça na hora e sem preocupação alguma com qualquer verdade existente ou possível)
quinta-feira, outubro 21, 2010
As busca incessante por noites bem dormidas, por sonhos sem fim, por acordar cedo tendo dormido muito e por curtir a noite toda sem ressaca de manhã. A busca de hoje que já é a de ontem que sempre foi a mesma e nem se percebeu. A percepção de tantas coisas em tantos prismas e dimensões e espectros e quantidades e em todos os sentidos sentida firme no peito afundado de fome apertado encurralado sombrio e raivoso e explodente, estourante, magnífico e dolorido angustiado machucado massacrando e doendo e pulsando enfezado de água suja e poeira e frio e calafrio do calor da febre e do desajeito das costelas apertadas da cabeça inchada do cérebro balançado bagunçado monotrilhico enrugado parafusado de baixo pra cima com uma chave Phillips.
segunda-feira, outubro 04, 2010
Elevador
São Paulo sempre foi uma cidade de pessoas esquisitas, eu como adoro bater perna dificilmente passo um dia todo sem encontrar alguém que fale aos quatro ventos sobre o fim do mundo, ou que escolha um estranho na multidão, geralmente alguém que não esteja ligando, como eu, para falar sobre suas armas que foram roubadas do castelo, o frango que comeu inteiro, as injustiças da vida de ladrão, sobre quando encheu a cara e fugiu do aniversário do filho descalça, sobre como lidar (ou como não lidar com a morte de alguém próximo), sobre as naves, as energias, os militares, as epidemias, os castelos, os covardes, as agruras, essas coisas que acontecem diariamente na vida de um maluco. Caminhar por São Paulo é como uma fábula, uma analogia viva do que é possível na cabeça de alguém. Tomo tudo por verdade, afinal, quem sou eu pra dizer que alguém está delirando, logo eu!? Acho que aí que mora a graça da cidade, só duvido se for realmente importante, se alguém te diz que tem um castelo com vários equipamentos sociais porque eu vou duvidar? No máximo vou pedir pra ir junto.
De volta ao prédio encontro no hall do térreo um senhor, cabelos brancos e olhos bem azuis. Um aceno de cabeça, tímido, mas já bastante efusivo perto da saída. Não me contive.
- O povo na rua ta nervoso hoje né? – Soltei, só pra descontrair.
Ele me olha sério, por sorte ainda estou de óculos, senão teria definhado, sério, em um segundo a idéia de contato humano parecer a maior burrice do mundo.
- Esse país pára! É ridículo, o cumulo! – Engoli seco, ele me olhava com os olhos arregalados.
- É né, as coisas vão mal. – O que mais poderia ser dito? Não me ocorreu nada, juro.
- Esse mundo devia acabar! – Exclamou sem pestanejar.
- É né, 2012 tá aí já né! – Que idéia genial falar sobre uma lenda com um cara desses. Ele franziu a testa ainda mais... agora eu tava com medo.
- Quando o mundo acabar não vai ter 10 pra salvar, vai morrer todo mundo. – Falou olhando pro meu hipotálamo.
- Glup. –
O elevador pára, ele vai indo pra porta ainda me olhando, acena com a cabeça novamente... ufa! Sobreviv..
- Boa tarde! – Falei quase comemorando.
Do lado de fora ele se vira e com aquele olho azul gigante me olhando:
- Põe a cabeça aqui! – Decreta.
- Co-coco... coméquié? – No susto eu tinha encostado na parede do fundo do elevador..
- Põe a cabeça aqui, to falando?
- Ma-ma-mas porque? – Fui me adiantando vagarosamente tentando entender do que se tratava.
- Põe a cara aqui que eu to te falando rapaz! – Repete ríspido.
Procurei uma câmera escondida.. nada... como bom frouxo acatei, com uma mão segurando a parece do elevador e a outra segurando a porta coloquei a cara pra fora do elevador.
- Ta sentindo? – cri-cri-cri.
- Ta sentindo ou não? – Pela cara e pela distância só podia ser cheiro, e tinha sim um cheiro estranho no ar.
- Tô... – Será que eu to? – É... carne com abóbora? Parece bom! – Falei com aquele sorriso amarelo de quem não quer mais fazer amigos.
- NÃO! É o cheiro desse cachorro!! É todo dia assim, eu não agüento mais.
- ahhh... – “Que cheiro?” pensei – É ruim né...
- Isso tem que acabar, eu vou... – Deu uma bufada e – terei que tomar uma providência... – Falou enquanto a porta se fechava lentamente.
– É fogo né? Boa tarde! – Falei só pra não entrar na lista, afinal, caras assim devem ter listas.
Só tem maluco nessa cidade...
sexta-feira, setembro 17, 2010
What ever happened in new york?
Gosto de cidades grandes, casa cheia, multidões, gosto de ver as coisas pegando fogo, acho que é por isso que gosto de NY, muita gente, muita coisa acontecendo. Nas últimas semanas venho assistindo a uma overdose de Sex and the City, que confesso, é uma das minhas séries favoritas, o que não seria dificil de se imaginar pois a personagem principal é uma escritora, o grosso da ação rola à noite, o mote da parada são relacionamentos, dos mais profundos até os meramente sexuais, a produção é de um bom gosto invejável para locações, roupas e tudo o mais, os roteiros são bem amarrados e as histórias tão bem contadas que as personagens acabam por parecer pessoas reais, e o melhor de tudo, a série mostra NY em ângulos maravilhosos, bares incríveis, galerias de arte fodas, baladas lendárias, cafés charmosos, ruas charmosas e claro, mulheres maravilhosas, belas, maníacas, com bom gosto e mente aberta, o que por mais ficcional que seja a série não vejo como ser um exagero assim tão grande. E aínda com o agravante que lá não existem esses bloquinhos portugueses nas calçadas, o que viabiliza os saltos agulha pela cidade toda, o que espetacular.
Estamos sempre buscando algo além de nossos limites ou a vida numa cidade realmente tem limites emocionais? #carrieon
Moro em São Paulo faz 22 anos, desde garoto sempre tive uma ansia enorme por conhecer tudo por aqui, os melhores e os piores bares, as principais ruas e avenidas, as lojas, os shoppings, os cinemas, os teatros, as galerias, os tipos, os mendigos, as putas, as estações de metro, os atalhos, as bocas, as vistas, as janelas, os museus, as mulheres, os parques, os problemas, os lugares onde não ir, eu queria tudo e depois de explorar como um kamikase eu estou ficando farto. Claro que não dá pra dizer que não tem o que se ver, o que fazer nem nada assim, sempre há, se você pega o metrô todo dia no mesmo horário a possibilidade de você reconhecer mais de duas ou três pessoas no seu vagão depois de um ano é remota, eu diria que é quase impossível, mas já trabalhei na Paulista, tanto no Paraíso quanto na Consolação, no centro, na Berrini, no Itaim, na Vila Madalena, na Vila Mariana, no Brooklin, no Butantã, na Lapa, agora estou em Pinheiros, de novo, depois de uns sete anos desde a última vez. Também já morei na zona sul quase toda, de Parelheiros ao Brooklin foram pelo menos cinco ou seis lugares, na oeste mais uns cinco, namorei mulheres dos dois lados da Paulista, de todos os lados da zona sul, da leste, norte, Osasco, ABC. As vezes, em dias de azar, tenho certeza de que posso ser atropelado ou receber uma garrafada de qualquer uma delas, em qualquer lugar.
Ai que entra NY, lá é o lugar perfeito pra começar uma vida nova, ninguém mais quer ir para os EUA e lá os poucos que eu conheço sabem muito pouco sobre quem eu fui e quem eu sou, seria um começar do zero, ganhando em dollar e numa cidade onde cada um veio de um lugar.
"Admita, seu problema é com a sua vida e não com São Paulo" diria um filho da puta qualquer. Mas esse é o lance, longe daqui eu não preciso admitir porra nenhuma! E eu adoro a minha vida, mas aqui e agora tem pouco que eu possa fazer aqui, tô muito manjado já, eu preciso de ar novo, ninguém aguenta mais olhar pra minha cara aqui, quando mais de três pessoas querem ver sua caveira num lugar é porque você não tá agradando, e eu acho que falo muita merda ou fiz muita merda ou fui feliz demais pras pessoas me admitirem aqui, então o negócio é pegar minha nega, minha mochila e sair loco, cutucar calçadas novas.
Mas proque NY? você me pergunta, e a resposta é simples, porque lá é o topo do mundo, o centro, aínda hoje e mesmo depois de perder algo do charme dos anos 30 com o jazz fervendo ou dos anos 80 com o hip-hop atravessando a ponte, mas é lá que as coisas acontecem, e como bom megalomaníaco que sou eu sei que preciso ver o mundo do topo, do centro, pra a partir daí começar realmente meu caminho, seja pra plantar bicho da seda em minas ou pra escrever romances sobre São Paulo ou sobre Atibaia, não importa, o lance é que eu preciso ver as coisas de lá, viver a vida no limite, podendo ser explodido a qualquer momento, ganhando boas gorjetas e esperar pela chance que pode surgir numa fila de cinema atrás do Woody Allen ou numa conversa de bar onde o editor da New Yorker vai estar na mesa do lado e vai querer uma coluna minha lá, posso descarregar peixes congelados no cais do porto ou ser garçon no Queens, mas quero ver qual é a do pico, porque São Paulo tá começando a ficar pequena e isso é entristecedor por um lado, mas por outro me mostra que preciso buscar meu caminho, e meu caminho é o caminho e não um lugar, meu lugar é a estrada e não adianta lutar contra isso, e nessa estrada a próxima parada é New York.
Ouvindo: http://listen.grooveshark.com/#/playlist/NY1/35777527